1 de novembro de 2012

Black Coffee

Black Coffee é uma música composta por Sonny Burke, com letra de Paul Francis Webster, e que foi publicada em 1948.
No ano seguinte Sarah Vaughan gravou para a Columbia uma das mais antigas versões desta música.
Em 1953 foi a vez de Peggy Lee gravar a sua versão, que aqui deixamos para apreciar.


Mais tarde, em 1960, foi também gravada por Ella Fitzgerald, para a Verve, e incluída no filme Let No Man Write My Epitaph do mesmo ano. Em CD o disco chama-se The Intimate Ella.
E muitas outras versões houve depois destas, que são consideradas as clássicas.

17 de setembro de 2012

Crealto, a nova criação da Nespresso

A Nespresso lançou recentemente a sua nova criação no mercado, as cápsulas de café Crealto.

Trata-se de uma mistura de café arábica, proveniente de duas regiões distintas: América Central e do Sul, e Indonésia.



Os grãos são torradas a temperaturas baixas, durante mais tempo (3x o normal tempo de torrefacção), técnica inspirada na culinária, e que produz um sabor mais encorpado, sem acidez, e uma intensidade 8 (no grau Nespresso).

O Encontro

A ideia para o Crealto surgiu do encontro entre Alexis Rodriguez, um perito de cafés da Nespresso, e Mauro Colagreco, chef do conceituado Le Mirazur (Côte d'Azur), restaurante galuardo com duas Estrelas Michelin.

No encontro Mauro criou também quatro receitas, usando como base o café Crealto.

Receitas

Espresso Perfumado do Oriente
1 cápsula de Crealto
8ml leite
2ml xarope de amêndoas
xarope de especiarias (80mg açúcar, 80ml água, 2 flores anis, 1 pau de canela, 6 folhas de menta)


Prepare o xarope de especiarias colocando os seus ingredientes num tacho e aquecendo lentamente até ferver; deixar assentar 5 minutos e passar por um coador.
Deite 8ml do xarope de especiarias, ainda morno, numa chávena e prepare um espresso Crealto por cima do xarope.
Com o leite e xarope de amêndoas prepare uma espuma (com o aeroccino, ou a função de vapor da sua máquina) e deite-a por cima do espresso já preparado.


Veludo de Pistáchio
2 cápsulas de Crealto
20ml água quente
Leite de pistáchio (30g pistáchio torrado, 120ml leite meio-gordo)
80ml leite
10 sementes de cardamomo
1 colher sopa açúcar


Prepare o leite de pistáchio misturando os pistáchios com o leite; coe e reserve 50ml.
Aqueça 80ml de leite num tacho com as 10 sementes de cardamomo até ferver. Retire do lume e deixe repousar por 10 minutos. Prepare a espuma de cardamomo com o aeroccino ou com a função de vapor da sua máquina.
Coloque o leite de pistáchio numa chávena Lungo. Prepare 2 espressos Crealto na mesma chávena. Junte 20ml de água quente. Finalize com a espuma de cardamomo.


Refresco de Laranja
2 cápsulas de Crealto
Xarope de laranja (100g açúcar, 100ml água, raspas de 1 laranja)
2 cravos da Índia
Raspas de 1/4 de laranja
Gelo triturado
2 cubos de gelo


Prepare o xarope de laranja colocando os seus ingredientes num tacho e aquecendo lentamente até ferver; deixe assentar 5 minutos e depois coe.
Encha uma chávena Lungo com o gelo triturado até 3cm do topo. Deite 50ml do xarope de laranja. Prepare 2 cápsulas de Crealto num shaker e junte os cravos da Índia e os 2 cubos de gelo. Agite bem. Coe o shaker para cima da chávena Lungo onde fez a preparação inicial.


Delícia de Coco e Chocolate
2 cápsulas de Crealto
100ml leite
2 colheres sopa de cacau em pó
100ml leite de coco sem açúcar
Raspas de 1/4 limão novo
Gelo triturado
3 cubos de gelo


Misture o leite com o cacau em pó.
Prepare 2 espressos Crealto num shaker e junte os 3 cubos de gelo, o leite de coco, açúcar e raspas de limão. Agite bem.
Encha uma chávena Lungo com o gelo triturado e deite o preparado nela.

5 de agosto de 2012

Mousse de Café

Há diversas formas de fazer uma boa mousse de café. Pode levar natas, claras de ovo, ou os dois ingredientes em simultâneo. Para segurar a forma pode usar algumas folhas de gelatina.

Ingredientes

  • uma lata de leite condensado
  • uma chávena de café
  • três folhas de gelatina (incolor)
  • três ovos (só as claras)
  • duas colheres (de sopa) de açúcar

Modo de preparação

Comece por demolhar as folhas de gelatina em água fria e deixe de lado.
Coloque o leite condensado numa tigela e misture com o café. Em seguida bata bem a mistura.
Aqueça meia chávena de água (no micro-ondas por exemplo). Escorra as folhas de gelatina que tinha reservado e dissolva-as na água quente.
Com a gelatina já dissolvida na água misture-a na tigela do leite condensado e café, envolvendo bem até incorporar.
Bata as claras em castelo, acrescentando aos poucos o açúcar, até ficar firme. Misture-as, em porções pequenas e com cuidado, no café com leite condensado.
Finalmente distribua o doce por taças individuais e coloque no frigorífico pelo menos duas horas, mas se for mais ainda fica melhor.

Sugestões de apresentação

Com uns grãos por cima


Com chocolate em pó por cima, e uma folha de hortelã


Com um pouco de claras em castelo por cima, e uma folha de hortelã



Opções de preparação

Pode juntar natas, dois pacotes, para tornar a mousse mais cremosa, ou como alternativa às claras em castelo.
O açúcar nas claras é opcional, mas ajuda a mantê-las mais firmes.
Em vez de dissolver a gelatina em água quente pode usar o café do doce.

13 de julho de 2012

Awakening, o maior mural de grãos de café

No passado dia 26 de Junho o Gorky Park, em Moscovo, foi palco da criação do maior mural criado com grãos de café, segundo o autor e artista, Arkady Kim.


O título da obra criada é Awakening.


Foi realizado ao longo de 12 dias com a ajuda de 5 assistentes, tendo aproximadamente 30 m2.


Segundo o autor, tentarão submeter este mural para figurar no conhecido Guiness World Records. Para ultrapassar a anterior marca, de um artista Albanês, Saimir Strati, este novo mural deveria ultrapassar a marca de 40Kg - ou seja, os murais feitos de grãos de café medem-se pelo peso e não pelas dimensões, um facto a reter para futuros intrépidos :) -, e conseguiu-o de longe, com os seus mais de 180Kg (e mais de 1 milhão de grãos de café!).


O mural esteve em exibição durante uma semana no Gorky Park, tendo sido depois oferecido a uma empresa de produção de café em São Petersburgo.


Arkady Kim a receber um certificado comemorativo da sua criação

7 de julho de 2012

Café associado à prevenção do Alzheimer

Um artigo de Junho de 2012 da USF (University of South Florida, nos EUA) e da UM (University of Miami, EUA) vem afirmar que a concentração elevada de cafeína no sangue de idosos, acima de 65 anos de idade, está associada à menor percentagem de progressão de Alzheimer.
Sendo que o estudo determinou também que a ingestão de cafeína por estes idosos era principalmente através de café, podemos concluir que a ingestão de café pode ser associada à menor incidência desta doença. Os idosos que participaram neste estudo bebiam cerca de 3 chávenas de café por dia, e tinham alguma perda de memória, um sintoma associado ao início da Alzheimer, mas que esta perda de memória não avançava tão rapidamente para Alzheimer como nos idosos que não bebiam tanto café.

Num artigo de 2011 já a investigação da USF determinara que um ingrediente do café aumentava a protecção contra a Alzheimer. Segundo essa investigação, um dos componentes do café, por identificar à altura, ligado à cafeína, aumentava no sangue um componente de estímulo ao crescimento GCSF (granulocyte colony stimulating factor) que está muito diminuído em doentes com Alzheimer. O mesmo estudo demonstrava, também, que o café descafeínado não originava o mesmo resultado.

1 de julho de 2012

Como tirar um Latte (Art) perfeito

O que necessita

  • Chávena
  • Leite frio, acabado de tirar do frigorífico (aprox. 30cl)
  • Recipiente para aquecer o leite (aço inoxidável)
  • Café acabado de moer
  • Vareta (pode ser uma espetada de madeira, fina)

Preparação do leite

Coloca-se o leite no recipiente. De seguida orienta-se a vareta de vapor da máquina de café para ficar ligeiramente inclinada (10-15º). Introduz-se a vareta no recipiente, até meio do leite, e abre-se o vapor. Desce-se o recipiente até que a vareta fique apenas ligeiramente submersa no leite, com o recipiente ligeiramente inclinado, de forma a criar um remoínho. Nesta posição o barulho do vapor será mais audível. Aquecer o leite nesta posição até que o recipiente fique demasiado quente ao toque (o barulho também se torna menos audível). Quando estiver pronto retirar o recipiente e limpar a vareta de vapor.
O leite terá subido consideravelmente de volume e deverá ter um aspecto aveludado. Se tiver algumas bolhas à superfície bata o recipiente na bancada até que estas desapareçam.

Num video preparado por Scott Rao, autor do livro The Professional Barista's Handbook, sugere-se uma técnica bastante barata para treinar a preparação do leite usando água com detergente.


Preparação do latte

Agora que temos o leite pronto, só falta mesmo tirar o café para a chávena e preparar o latte, com ou sem arte!
Na generalidade começa-se por tirar o café até 1/3 ou metade da chávena. Em seguida, segurando a chávena ligeiramente inclinada, deita-se devagar e a pouca altura o leite. A arte (latte art) é conseguida pela colocação do leite em diferentes posições da chávena e a ritmos diferentes. Nalguns desenhos usa-se uma vareta para criar alguns efeitos com a espuma e o café.

Meio-meio

Começa-se por verter o leite numa das pontas da chávena, para que fique apenas em metade. No final faz-se um desenho com a vareta para decorar a zona de separação.

Coração

Um dos desenhos mais comuns e dos mais simples. Verte-se o leite aproximadamente a 1/3 da chávena, com movimentos pendulares do pulso, com um fluxo contínuo. Na parte final, com a chávena quase cheia, em não parando o fluxo de leite, move-se para a outra ponta da chávena para definir a ponta do coração.

O Trevo

Parecido com o desenho do Coração. Começa-se por verter o leite no centro. Aproximadamente a 2/3 da chávena usa-se o movimento pendular do pulso para criar um efeito parecido com o do Coração. No final usa-se a vareta para definir as folhas do Trevo, começando por desenhar a separação entre elas e em seguida as pontas das folhas.

A Roseta

Parecido com o desenho do Coração mas em movimento invertido. Começa-se por verter o leite no topo da chávena, com movimento pendular do pulso, e vai-se progredindo para a parte de baixo da chávena. No final atravessa-se o desenho a direito.


11 de junho de 2012

Cafés longos: do Americano ao Lungo

O prazer do café não se fica pelos formatos curtos, do expresso e variantes. Os cafés longos, para ir bebendo com calma, pausadamente, como um chá, dão tão ou maior prazer que os mais curtos. Em muitos locais são inclusivamente preferidos às versões curtas.

Café de filtro

Uma das formas mais simples de se fazer um café longo é fervendo água e vertendo-a para um filtro de papel onde se colocou café moído (com moagem média, nem muito fino nem muito grosso). Esta é das formas mais populares de se fazer café e durante muitos anos foi das poucas formas de se fazer café em casa. Existem até cafés previamanente moídos e preparados para esta forma de se fazer café, por vezes até com adição de alguns aromas como a baunilha - popular na América.

Esta forma nem precisa de uma máquina pois pode-se ferver água em qualquer recipiente, e o filtro de papel pode ser colocado directamente sobre a caneca onde se pretende verter o café, ou sobre um jarro para ir à mesa.

No entanto as máquinas têm presença habitual nas nossas casas pois facilitam o processo: só temos de renovar a água, juntar o filtro e o café, premir o botão de início e podemos tratar de fazer outras coisas necessárias - como preparar o resto do pequeno almoço, arrumar a mesa enquanto o café não está pronto, etc. No final basta passar por água os materiais em contacto com o café e a máquina fica pronta.

Em inglês este processo tanto pode ser chamado de filtered coffee ou drip coffee.

Café Americano e Long Black

Estas duas variantes são muito aproximadas, diferindo na ordem em que são vertidos os elementos. Ambas pressupõem o acesso a uma máquina de café expresso.

O Café Americano inicia-se com um expresso, normal, tirado para um recipiente maior - uma chávena ou uma caneca. Em seguida enche-se o resto do recipiente com água quente. Este processo dá origem a um café geralmente fraco, porque muito aguado, mas agradável para se ir bebendo pausadamente.

A versão Long Black surge da troca da ordem: primeiro coloca-se a água quente, quase a encher o recipiente, e depois tira-se o expresso. Desta forma preserva-se o creme do expresso.

Outra versão, óptima para o tempo quente, surge da substituição da água quente pela água gelada. Sobre um expresso despeja-se água gelada. Ou sobre uma caneca com pedras de gelo tira-se um expresso.


Abatanado ou Lungo

Em Portugal o abatanado é um expresso tirado até encher uma chávena de chá. O processo longo de passagem de água quente pelo café pode, contudo, provocar alguma acidez, daí que o Café Americano ou o Long Black, apesar de menos fortes porque passam menos por café, podem ficar mais agradáveis.

O Lungo é uma variante do abatanado, também deixando tirar o café por mais tempo. O excesso de calor nos grãos pode origem alguma acidez, mas bem controlado este processo dá origem a um café aromático.

30 de maio de 2012

Do café Camelo à Nova Delta, um negócio de família

Da torrefacção artesanal à Torrefacção Camelo

Os cafés Camelo surgiram em meados da década de 30 como uma torrefacção artesanal de café, de Joaquim dos Santos Nabeiro, Vitorino Silveira e Manuel Nabeiro. Quando Manuel Nabeiro morre, Rui Nabeiro, seu filho com ainda 17 anos, entra na sociedade em substituição das funções do pai.

A empresa, localizada em Campo Maior, à beira de uma vizinha Espanha a viver tempos conturbados da Guerra Civil, rapidamente cresce, fruto do contrabando que permitia vender o café além-fronteiras, e que deu o impulso necessário para o negócio se implantar. Surge pouco depois a Torrefacção Camelo, como sociedade entre os tios e Rui Nabeiro, já dentro do negócio.



A iniciativa própria da Delta Cafés

Não satisfeito com os condicionalismos da sociedade, Rui Nabeiro funda, em 1961, a sua empresa, com a sua esposa e filhos. É uma forma de dar lugar, agora, à sua marca e à sua iniciativa. A empresa conta inialmente com 3 funcionários e 2 bolas de torra de café, com 30Kg cada, e funciona num pequeno armazém de 50m2. É nesta nova empresa que cria a marca Delta.

No período seguinte ao 25 de Abril, com a independência das colónias, Portugal deixa de ser produtor para passar a ser importador de café. Neste período Rui Nabeiro chega a fretar um navio para importar directamente o café de Angola, como forma de este não esgotar no mercado nacional.

Duas décadas depois, e com o mercado nacional mais consolidado, inicia um novo período com o lançamento da empresa Nova Delta, que fica a gerir a actividade industrial, deixando para a outra a actividade comercial. É nesta empresa que são seleccionados e torrados os grãos de café que vão dar origem aos diversos lotes, consoante os produtos correntes da empresa.

Em meados da década de 1990 a empresa era já líder de mercado, contando com mais de 3000 funcionários.

O Grupo Nabeiro

O Grupo Nabeiro foi criado em 1998, agrupando 22 empresas que exploram, cada uma, uma diferente área de negócio. Desde a alimentação, bebidas, serviços, restauração e hotelaria, todo o canal HORECA está explorado e potenciado pelo grupo.

Fontes

História da Torrefacção Camelo
Camelo. o Café de toda a vida
História da Delta
O império dos cafés que bate o pé aos gigantes mundiais
Delta Cafés
Grupo Nabeiro

25 de maio de 2012

O Café de Ary dos Santos

O café, além de motivo para uma conversa, também se dava muito à conversa, tendo entrado para o universo musical através de muitos letristas.

Vamos relembrar aqui uma música de Fernando Tordo com letra de Ary dos Santos, de 1973, intitulada, como não poderia deixar de ser, O Café.

O Café

música Fernando Tordo, letra Ary dos Santos (1973)
Chegam uns meninos de mota,
Com a china na bota e o papá na algibeira
São pescada marmota que não vende na lota
Que apodrece no tempo e não cheira
Porque o tempo
É a derrota

Chegam criaturas fatais
Muito intelectuais tal como a fava-rica
Sabem sempre de mais,
Escrevem para os jornais com canetas molhadas na bica
E a inveja (sim, a inveja!)
É quanto fica

Como quem está num chá dançante
Duas velhas de penante depenicam uma intriga
Debicando bolinhos vários
Dizem mal dos operários que são a espécie inimiga

Chegam depois boas maneiras
Com anéis e pulseiras e sapatos de salto
São as bichas matreiras que só dizem asneiras
Sâo rapazes pescado do alto
E o que resta
É pó de talco

Chegam depois os vagabundos
Que por falta de fundos não ocupam a mesa
Têm olhos profundos,
Vão atrás de outros mundos que pagaram com sono e beleza
Mas o troco
É a pobreza

Chegam finalmente os cantores
Os que fazem as flores neste mundo de gente
São os modernos trovadores
Que adormecem as dores numa bica bem quente

Como quem está num chá dançante
Duas velhas de penante depenicam uma intriga
Debicando bolinhos vários
Dizem mal dos operários que são a espécie inimiga

Chegam depois boas maneiras
Com anéis e pulseiras e sapatos de salto
São raposas matreiras que só dizem asneiras
Sâo rapazes pescado do alto
E que resta
(Evidentemente que é) Pó de talco

Chegam depois os vagabundos
Que por falta de fundos não ocupam a mesa
Têm olhos profundos,
Vão atrás de outros mundos que pagaram com sono e beleza
Mas o troco
É sempre a pobreza

Chegam finalmente os cantores
Os que fazem as flores neste mundo de gente
São os modernos trovadores
Que adormecem as dores numa bica bem quente




O Café na Rua da Saudade

Mais recentemente, em 2009, no 25º aniversário da morte do poeta Ary dos Santos, foi lançado um disco que é uma celebração das suas letras, cantadas pelas vozes de Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti, com músicas de Fernando Tordo, Nuno Nazareth Fernandes e Tózé Brito


19 de maio de 2012

Pedir um café... em Espanha

O café tem diversos formas e nomes consoante o local onde o pedimos. Estes são as formas mais comuns de pedir um café em Espanha:



Café solo
Café expresso. Tirado na máquina à pressão, com creme.

Café descafeinado
Descafeínado, café expresso descafeínado (sem cafeína); pode ser de grão moído na hora ou de pacote.



Café Doble
Café expresso duplo, em chávena um pouco maior ou, por vezes, num copo.



Café con leche
Meia-de-leite, café expresso com leite numa chávena mais larga.



Café cortado
Café pingado, café expresso com uma pinga de leite.



Leche manchada
Meia-de-leite muito clara, com pouco café



Café sombra
Entre o café cortado e o leche manchada; também pode ter a ver com a quantidade de café: veja a imagem seguinte que mostra os nomes a chamar consoante a quantidade, num café de Málaga.
Por tamanho decrescente: solo, largo, semi largo, solo corto, mitad (1/2 chávena), entre corto, corto, sombra, nube (quase nada), no me lo ponga (chávena vazia)



Café con hielo
Café expresso e um copo com gelo; deve despejar-se o café em cima do gelo



Café bonbon
Café expresso adoçado com leite condensado; por vezes é chamado de café cortado condensada

Cafe bonbon con hielo
Como um café bonbon mas acompanhado de um copo com gelo; deve despejar-se o café em cima do gelo



Carajillo
Café expresso com brandy ou whiskey



Trifásico
Uma variante da Catalunha, um Carajillo com uma pinga de leite

17 de maio de 2012

A descoberta do café

A descoberta do café está envolta em lendas que dificilmente poderão ser comprovadas, e que tanto apontam para o século III, ou IX, como o início do seu consumo.


A lenda do pastor Kaldi

o Pastor KaliUm pastor da Abissínia (actual Etiópia), chamado Kaldi, estranhou a agitação das suas cabras apóes estas terem ingerido as bagas de um arbusto (a que damos o nome de cafeeiro). Kaldi, então, provou estas bagas avermelhadas e sentiu-se também excitado, revigorado, tal como as suas cabras. Mais tarde terá comentado este acontecimento com um monge local que terá comprovado o efeito revigorante das bagas da planta e o terá dessiminado.
A palavra café poderia vir de Kaffa, uma província da Etiópia.

Outra lenda afirma que foi um monge árabe que primeiro começou a usar infusões das bagas do cafeeiro como forma de aguentar as suas orações nocturnas.

A importância comercial do café

As investigações botânicas sugerem que os cafeeiros terão tido origem na Etiópia, de onde seriam nativos, e que terão sido levados para o Iémen, Península Arábica, para serem cultivados.
da Etiópia ao IémenDe certa forma as lendas e a realidade podem aproximar-se num passado longínquo. O que é certo é que o café, como bebida de infusão, terá rapidamente sido disseminado, tendo o seu cultivo e comercialização ganho extrema importância no mundo árabe. Era vendido noutras regiões, como a Europa, como o vinho da Arábia. Vinho que, na palavra árabe, se dizia qahwa, e que por muitos é considerada a palavra que deu origem ao termo café.

O café terá sido pela primeira vez torrado na Pérsia (actual Irão), já no séc. XVI, talvez como forma de conservar por mais tempo as bagas, para suportar transportes mais demorados para paragens mais longíquas.

Esta bebida não foi rapidamente aceite no mundo católico, por estar tão ligado ao mundo árabe, muçulmano. Ela seria vendida na Europa, mas proibida aos cristãos. Terá sido o papa Clemente III que primeiro autorizou os católicos a usufruirem desta bebida.